“Penso, logo existo.” O grande filósofo já dizia e por tanto tempo acreditei que isso bastava, para simplesmente comprovar a nossa existênci...

Penso, logo existo. Será?

Blog Papo de Amiga


“Penso, logo existo.”

O grande filósofo já dizia e por tanto tempo acreditei que isso bastava, para simplesmente comprovar a nossa existência, na simples capacidade de:

Pensar.

Raciocinar.

Ter consciência de mim.

Mas, de um tempo pra cá, comecei a duvidar:

será que existir é mesmo o bastante?

Será que pensar é o suficiente pra garantir presença?

Porque às vezes penso tanto,

e ainda assim, sinto que não estou aqui.

Não falo do existir biológico, mas do viver em essência.

Do respirar com alma.

Do ser com inteireza.

Você tem uma voz.

Você tem uma mente.

Você tem uma história.

Então, seja.

Ouvi recentemente uma frase que ficou ecoando dentro de mim:

“Não peça permissão para ser você. Apenas seja.”

E eu pensei em quantas vezes me diminuí pra caber.

Quantas vezes me silenciei pra não incomodar.

Quantas vezes deixei de existir tentando me ajustar a versões que nunca foram minhas.

Às vezes penso, mas logo deixo de existir.

Começo a insistir em lugares que não me pertencem,

em mesas onde não há espaço pra mim,

em histórias que já tiveram ponto final mas que eu insisto em reler, com a esperança tola de um novo capítulo.

E nessa insistência, me perco.

Deixo de existir.

De sentir.

De querer.

De dizer o que penso.

De ser o que sou.

Mas o tempo, sempre ele, me ensina com doçura e firmeza: você tem uma voz.

E uma voz não nasceu pra calar.

Então use-a.

Fale.

Manifeste-se.

Dê sentido ao que você é.

Porque existir é só o começo.

O verdadeiro milagre é ousar ser mesmo quando o mundo pede silêncio.

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